"VIRTUAL" REVISTA COTOVIA - 322-043-2009
" V I R T U A L "
REVISTA COTOVIA
322-043-2009
PAZ & BEM !
A memória da dedicação das basilicas dos santos apóstolos Pedro e Paulo é uma nova oportunidade, a quarta do ano, para se refletir sobre a figura e a obra dos Príncipes dos apóstolos e também sobre o culto excepicional a eles tributado atravéz dos séculos...
FONTE: Edizione Pauline, Roma, 1978 – PAULUS-1996 – Mario Sgarbossa – Luigi Giovannini – ISBN 85-349-0708-0

Basílica Sancti Petri - Basilica di San Pietro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa
Autor: Donato Bramante Antonio Cordiani Michelangelo
Autor: Donato Bramante Antonio Cordiani Michelangelo
VignolaGiacomo della PortaCarlo Maderno
Data da construção: 1506-1626 Estilo arquitetônico: Renascentista Tombamento: Patrimônio Mundial
Data da construção: 1506-1626 Estilo arquitetônico: Renascentista Tombamento: Patrimônio Mundial
A Basílica de São Pedro (em latim Basílica Sancti Petri, em italiano Basilica di San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano, tratando-se da maior das igrejas do cristianismo e um dos locais cristãos mais visitados.[1][2][3] Cobre um área de 23000 m² ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, sendo adornada com 140 estátuas de santos, mártires e anjos. Situada na Praça de São Pedro, sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como Bramante, Michelangelo, Rafael e Bernini.
Foi provado que embaixo do altar da basílica está enterrado São Pedro[4] (de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas, começando com os primeiros, têm sido enterrados neste local.[5] Sempre existiu um templo dedicado à São Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do atual edíficio sobre o antigo começou em 18 de abril de 1506 e foi concluído em 18 de novembro de 1626,[6] sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica é um famoso local de peregrinação, por suas funções litúrgicas e associações históricas. Como trabalho de arquitetura, é considerado o maior edifício de seu período artístico.
A Basílica de São Pedro é uma das quatro maiores basílicas de Roma, sendo os outros a Basílica de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Contrariamente á crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um bispo. Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com a participação do Papa, pois a maioria das cerimônias papais se realizam na Basílica de São Pedro devido ao seu tamanho, a proximidade com a residência do Papa, e a localização privilegiada no Vaticano.
1 História 1.1 Túmulo de São Pedro 1.2 Antiga Basílica de São Pedro 1.3 Idade Média 1.4 Século XVI 1.5 Renascença 1.6 Conclusão das Obras 2 Obras-primas 3 Praça de São Pedro 4 Referências Ver artigo principal: Túmulo de São Pedro
Depois da crucificação de Jesus, no segundo trimestre do primeiro século d.C, está registado no livro bíblico de Atos dos Apóstolos que um de seus doze discípulos, conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galiléia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus e foi de grande importância na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro "Petrus" em latim e "Petros", em grego, decorrente de "Petra", que significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero, sendo crucificado de cabeça para baixo à seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.
Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 metros (490 pés) a partir do seu local de morte. Seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo de seu nome, mas sem sentido para os não-cristãos. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos anos depois, A antiga Basílica de São Pedro foi construída ao longo deste sítio.
A partir dos anos 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.
Antiga Basílica de São Pedro
Exterior da basílica como era vista até 1450
O Imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da "Antiga" Basilica de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Como em quase todas as igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basilica cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço bastante para a congregação dos fiéis. As cerimônias no altar eram realizadas na ábside ao final da nave central, bem visíveis a todos. Havia transeptos, uma ábside na extremidade ocidental, um grande átrio. Um afresco do século XVI na igreja de San Martino ai Monti nos dá uma idéia aproximada da aparência interior, com seu teto em madeira, mas ignoramos tudo sobre estátuas ou pinturas.
A basílica atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguida sobre a antiga, o que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um grande átrio dianteiro, com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século XVI.
Durante o exílio dos papas em Avignon, de 1309 a 1377, ficou muito deteriorada e perdeu-se grande parte de sua magnificência. O desejo de uma igreja de grandiosidade apropriada para servir à cristandade, assim como a transferência da residência papal para o Vaticano, fez nascer planos de uma igreja nova. Sob o papado de Nicolau V (pontificado de 1447 a 1455) os trabalhos tiveram início num coro novo e no transepto, mas foram logo abandonados por falta de recursos.
Cúpula da Basílica à noite
No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18 de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova basílica. Seus planos eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade. Uma sucessão de papas e arquitetos nos 120 anos seguintes participariam da construção que culminou no edifício atual. Iniciada por Júlio II, contiuando nos pontificados de Leão X (1513-1521), Adriano VI (1522-1523). Clemente VII (1523-1534), Paulo III (1534-1549), Júlio III (1550-1555) , Marcelo II (1555), Paulo IV (1555-1559), Pio IV (1559-1565), Pio V (santo) (1565-1572), Gregório XIII (1572-1585), Sixto V (1585-1590), Urbano VII (1590), Gregório XIV (1590-1591), Inocêncio IX (1591), Clemente VIII (1592-1605), Leão XI (1605), Paulo V (1605-1621), Gregório XV (1621-1623), Urbano VIII (1623-1644) e Inocêncio X (1644-1655).
Pintura do interior da Basílica por Giovanni Paolo Pannini.
Em 1517 o Papa Leão X ofereceu indulgências para aqueles que dessem esmolas para ajudar na reconstrução da Basílica de São Pedro.[7] O agressivo marketing de Johann Tetzel em promover esta causa provocou Martinho Lutero a escrever suas 95 Teses (Tetzel seria inclusive punido por Leão X por seus sermões, que ia muito além ensinamentos reais sobre as indulgências). Embora Lutero não negasse o direito do Papa ou da Igreja de conceder perdões e penitências,[8] exigia a correção de abusos na prática.
Um século mais tarde o edifício ainda não estava completado. A Bramante sucederam, como arquitetos, Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III (pontificado de 1534-1549) em 1546 entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, aos 72 anos, deixou-se fascinar pela cúpula, concentrando nela os seus esforços, mas não conseguiu completá-la antes de sua morte em 1564. O zimbório é visível de toda a cidade de Roma, dominando seus céus e tem diâmetro de 42 m, ligeiramente menor ao domo do Panteão, mas é mais imponente por ser muito mais alto, com 132,5 m. Graças a seus planos e a um modelo em madeira, seu sucessor, Giacomo della Porta, foi capaz de terminá-la com ligeiras modificações. O modelo segue o da famosa cúpula que Brunelleschi ergueu na catedral de Florença e cria impressão de grande imponência. A diferença é que, ao contrário do que Michelangelo planejou, não se trata de uma cúpula semicircular mas afunilada, criando um movimento de impulso para cima até culminar na lanterna cujas janelas, inseridas em fendas entre duas colunas, deixam a luz inundar o interior. Terminada em 1590, ainda é uma das maravilhas da arquitetura ocidental. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica.
Mudanças na liturgia, introduzidas pelo Concílio de Trento, fizeram necessárias outras mudanças sob o pontificado do Papa Paulo V (1605 a 1621), que encarregou Carlo Maderno de aumentar para o leste o edifício, aumentando a nave e criando assim uma cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada.
Em 1629, Gian Lorenzo Bernini, agora o arquiteto principal, começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruiram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde Bernini redesenharia a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso.
Giacomo della Porta e Fontana concluiu a cúpula em 1590 durante o pontificado do Papa Sisto V. O papa que o sucedeu financiou a colocação das inscrições em honra a Sisto V na entrada da basílica. O Papa Clemente VIII liderou a colocação da cruz latina na cúpula, evento acompanhado pelo sunir dos sinos de toda a cidade de Roma. Segundo a tardição, nesta cruz estão contidas partes da Vera Cruz e reçíquias de Santo André.
Já em meados do século XVIII, rachaduras apareceram na cúpula e os arquitetos empenhaos na construção do restante da basílica tiveram de se concentrar no domo e planejaram a colocação de anéis de ferro na obra prima de Michelangelo.
Na cúpula jaz a inscrição:
S. Petri pp sixtvs gloriae. V. A. m. d. xc. Pontif. V. (Para a glória de São Pedro; Sisto V, Papa, no ano de 1590 e quinto ano do seu pontificado.)
Os trabalhos terminaram oficialmente quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado do Papa Pio VI (1775-1799).
Fachada da Basílica de São Pedro vista da Via della Conciliazione.
Algumas obras-primas da Basílica de São Pedro:
O pórtico, a porta de bronze, século XV. A Porta Santa.
A estátua em bronze de São Pedro por Arnolfo di Cambio.
O túmulo do papa Urbano VIII por Bernini.
O baldaquino e a cadeira de Pedro (Cathedra Petri) por Gian Lorenzo Bernini.
A Capela do Sacramento,
O túmulo do papa Inocêncio VIII, de 1498, por Antonio Pollaiuolo.
A entrada do túmulo de São Pedro.
A sacristia e a nova sacristia.
Museu do Tesouro de São Pedro, ou Museo del Tesoro di S. Pietro
A imagem de São Longuinho por Bernini.
A Pietà por Michelangelo
A Cúpula de São Pedro, projetada por Miguel Angelo, com 39.000 toneladas, 42 metros de diâmetro, e a mais elevada parte do Vaticano. Fonte dos Quatro Rios
Ver artigo principal: Praça de São Pedro
Fachada moderna da Basílica
Localizada a leste da Basílica de São Pedro, a Piazza di San Pietro foi construído pelo próprio Bernini entre 1656 e 1667. Bernini concluiu a fachada atual da basílica que situa-se diretamente a frente da praça. No centro da praça, Domenico Fontana ergueu o Obelisco do Vaticano, como é chamado atualmente, anteriormente cituado no Circo de Nero e de 40 metros de altura. Fontana planejou a colocação do obelisco sob as ordens do Papa Sisto V. O episódio da colocação teve lugar em 28 de setembro de 1586 e quase terminou em tragédia devido ao peso do obelisco.

Basílica de São Pedro Igrejas de Roma Arte paleocristã Patrimônio Mundial da UNESCO no Estado da Cidade do Vaticano Foi provado que embaixo do altar da basílica está enterrado São Pedro[4] (de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas, começando com os primeiros, têm sido enterrados neste local.[5] Sempre existiu um templo dedicado à São Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do atual edíficio sobre o antigo começou em 18 de abril de 1506 e foi concluído em 18 de novembro de 1626,[6] sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica é um famoso local de peregrinação, por suas funções litúrgicas e associações históricas. Como trabalho de arquitetura, é considerado o maior edifício de seu período artístico.
A Basílica de São Pedro é uma das quatro maiores basílicas de Roma, sendo os outros a Basílica de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Contrariamente á crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um bispo. Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com a participação do Papa, pois a maioria das cerimônias papais se realizam na Basílica de São Pedro devido ao seu tamanho, a proximidade com a residência do Papa, e a localização privilegiada no Vaticano.
1 História 1.1 Túmulo de São Pedro 1.2 Antiga Basílica de São Pedro 1.3 Idade Média 1.4 Século XVI 1.5 Renascença 1.6 Conclusão das Obras 2 Obras-primas 3 Praça de São Pedro 4 Referências Ver artigo principal: Túmulo de São Pedro
Depois da crucificação de Jesus, no segundo trimestre do primeiro século d.C, está registado no livro bíblico de Atos dos Apóstolos que um de seus doze discípulos, conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galiléia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus e foi de grande importância na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro "Petrus" em latim e "Petros", em grego, decorrente de "Petra", que significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero, sendo crucificado de cabeça para baixo à seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.
Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 metros (490 pés) a partir do seu local de morte. Seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo de seu nome, mas sem sentido para os não-cristãos. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos anos depois, A antiga Basílica de São Pedro foi construída ao longo deste sítio.
A partir dos anos 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.
Antiga Basílica de São Pedro

Exterior da basílica como era vista até 1450
O Imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da "Antiga" Basilica de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Como em quase todas as igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basilica cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço bastante para a congregação dos fiéis. As cerimônias no altar eram realizadas na ábside ao final da nave central, bem visíveis a todos. Havia transeptos, uma ábside na extremidade ocidental, um grande átrio. Um afresco do século XVI na igreja de San Martino ai Monti nos dá uma idéia aproximada da aparência interior, com seu teto em madeira, mas ignoramos tudo sobre estátuas ou pinturas.
A basílica atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguida sobre a antiga, o que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um grande átrio dianteiro, com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século XVI.
Durante o exílio dos papas em Avignon, de 1309 a 1377, ficou muito deteriorada e perdeu-se grande parte de sua magnificência. O desejo de uma igreja de grandiosidade apropriada para servir à cristandade, assim como a transferência da residência papal para o Vaticano, fez nascer planos de uma igreja nova. Sob o papado de Nicolau V (pontificado de 1447 a 1455) os trabalhos tiveram início num coro novo e no transepto, mas foram logo abandonados por falta de recursos.
Cúpula da Basílica à noite

No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18 de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova basílica. Seus planos eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade. Uma sucessão de papas e arquitetos nos 120 anos seguintes participariam da construção que culminou no edifício atual. Iniciada por Júlio II, contiuando nos pontificados de Leão X (1513-1521), Adriano VI (1522-1523). Clemente VII (1523-1534), Paulo III (1534-1549), Júlio III (1550-1555) , Marcelo II (1555), Paulo IV (1555-1559), Pio IV (1559-1565), Pio V (santo) (1565-1572), Gregório XIII (1572-1585), Sixto V (1585-1590), Urbano VII (1590), Gregório XIV (1590-1591), Inocêncio IX (1591), Clemente VIII (1592-1605), Leão XI (1605), Paulo V (1605-1621), Gregório XV (1621-1623), Urbano VIII (1623-1644) e Inocêncio X (1644-1655).
Pintura do interior da Basílica por Giovanni Paolo Pannini.

Em 1517 o Papa Leão X ofereceu indulgências para aqueles que dessem esmolas para ajudar na reconstrução da Basílica de São Pedro.[7] O agressivo marketing de Johann Tetzel em promover esta causa provocou Martinho Lutero a escrever suas 95 Teses (Tetzel seria inclusive punido por Leão X por seus sermões, que ia muito além ensinamentos reais sobre as indulgências). Embora Lutero não negasse o direito do Papa ou da Igreja de conceder perdões e penitências,[8] exigia a correção de abusos na prática.
Um século mais tarde o edifício ainda não estava completado. A Bramante sucederam, como arquitetos, Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III (pontificado de 1534-1549) em 1546 entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, aos 72 anos, deixou-se fascinar pela cúpula, concentrando nela os seus esforços, mas não conseguiu completá-la antes de sua morte em 1564. O zimbório é visível de toda a cidade de Roma, dominando seus céus e tem diâmetro de 42 m, ligeiramente menor ao domo do Panteão, mas é mais imponente por ser muito mais alto, com 132,5 m. Graças a seus planos e a um modelo em madeira, seu sucessor, Giacomo della Porta, foi capaz de terminá-la com ligeiras modificações. O modelo segue o da famosa cúpula que Brunelleschi ergueu na catedral de Florença e cria impressão de grande imponência. A diferença é que, ao contrário do que Michelangelo planejou, não se trata de uma cúpula semicircular mas afunilada, criando um movimento de impulso para cima até culminar na lanterna cujas janelas, inseridas em fendas entre duas colunas, deixam a luz inundar o interior. Terminada em 1590, ainda é uma das maravilhas da arquitetura ocidental. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica.
Mudanças na liturgia, introduzidas pelo Concílio de Trento, fizeram necessárias outras mudanças sob o pontificado do Papa Paulo V (1605 a 1621), que encarregou Carlo Maderno de aumentar para o leste o edifício, aumentando a nave e criando assim uma cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada.
Em 1629, Gian Lorenzo Bernini, agora o arquiteto principal, começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruiram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde Bernini redesenharia a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso.
Giacomo della Porta e Fontana concluiu a cúpula em 1590 durante o pontificado do Papa Sisto V. O papa que o sucedeu financiou a colocação das inscrições em honra a Sisto V na entrada da basílica. O Papa Clemente VIII liderou a colocação da cruz latina na cúpula, evento acompanhado pelo sunir dos sinos de toda a cidade de Roma. Segundo a tardição, nesta cruz estão contidas partes da Vera Cruz e reçíquias de Santo André.
Já em meados do século XVIII, rachaduras apareceram na cúpula e os arquitetos empenhaos na construção do restante da basílica tiveram de se concentrar no domo e planejaram a colocação de anéis de ferro na obra prima de Michelangelo.
Na cúpula jaz a inscrição:
S. Petri pp sixtvs gloriae. V. A. m. d. xc. Pontif. V. (Para a glória de São Pedro; Sisto V, Papa, no ano de 1590 e quinto ano do seu pontificado.)
Os trabalhos terminaram oficialmente quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado do Papa Pio VI (1775-1799).
Fachada da Basílica de São Pedro vista da Via della Conciliazione.

Algumas obras-primas da Basílica de São Pedro:
O pórtico, a porta de bronze, século XV. A Porta Santa.
A estátua em bronze de São Pedro por Arnolfo di Cambio.
O túmulo do papa Urbano VIII por Bernini.
O baldaquino e a cadeira de Pedro (Cathedra Petri) por Gian Lorenzo Bernini.
A Capela do Sacramento,
O túmulo do papa Inocêncio VIII, de 1498, por Antonio Pollaiuolo.
A entrada do túmulo de São Pedro.
A sacristia e a nova sacristia.
Museu do Tesouro de São Pedro, ou Museo del Tesoro di S. Pietro
A imagem de São Longuinho por Bernini.

A Cúpula de São Pedro, projetada por Miguel Angelo, com 39.000 toneladas, 42 metros de diâmetro, e a mais elevada parte do Vaticano. Fonte dos Quatro Rios
Ver artigo principal: Praça de São Pedro
Fachada moderna da Basílica

Localizada a leste da Basílica de São Pedro, a Piazza di San Pietro foi construído pelo próprio Bernini entre 1656 e 1667. Bernini concluiu a fachada atual da basílica que situa-se diretamente a frente da praça. No centro da praça, Domenico Fontana ergueu o Obelisco do Vaticano, como é chamado atualmente, anteriormente cituado no Circo de Nero e de 40 metros de altura. Fontana planejou a colocação do obelisco sob as ordens do Papa Sisto V. O episódio da colocação teve lugar em 28 de setembro de 1586 e quase terminou em tragédia devido ao peso do obelisco.



Neste dia... 18 de Novembro:
1626 - A Basílica de São Pedro, em Roma, é consagrada.
1918 - A Letónia torna-se independente da Alemanha e da Rússia.
1985 - Publicada a 1ª edição da banda desenhada/história em quadrinhos de Calvin and Hobbes.
Nasceram neste dia...
1647 - Pierre Bayle, filósofo e escritor francês (morreu. 1706).
1906 - Klaus Mann, escritor alemão, filho de Thomas e Kathia Mann (morreu 1949).
1968 - Owen Wilson, actor norte-americano.
1626 - A Basílica de São Pedro, em Roma, é consagrada.
1918 - A Letónia torna-se independente da Alemanha e da Rússia.
1985 - Publicada a 1ª edição da banda desenhada/história em quadrinhos de Calvin and Hobbes.
Nasceram neste dia...
1647 - Pierre Bayle, filósofo e escritor francês (morreu. 1706).
1906 - Klaus Mann, escritor alemão, filho de Thomas e Kathia Mann (morreu 1949).
1968 - Owen Wilson, actor norte-americano.
Morreram neste dia...
1814 - Aleijadinho, escultor brasileiro (nasceu. 1730). 
1922 - Marcel Proust escritor francês (nasceu. 1871).
2003 - Michael Kamen, maestro e compositor n-americano(nasceu 1948)

1922 - Marcel Proust escritor francês (nasceu. 1871).
2003 - Michael Kamen, maestro e compositor n-americano(nasceu 1948)
O Museu do Aleijadinho foi criado em Ouro Preto, em 1968, para reunir, conservar, preservar e difundir objetos de arte sacra e documentos gráficos de valor histórico, além de realizar pesquisas e estimular atividades no campo da história da arte. A denominação do museu é uma homenagem ao maior artista ouro-pretano de arte barroca Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, patrono da arte no Brasil. Ele foi o construtor, dentre tantos monumentos, da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde se abriga o museu. Aleijadinho viveu em Minas Gerais, de 1730 (data provável) a 18 de novembro de 1814.
~ O Acervo ~
A maior parte do acervo encontra-se em exposição permanente em três ambientes: sala da Sacristia, sala da Cripta e ainda na Igreja de São Francisco de Assis, também incorporada ao museu. Já a Consistório é o espaço destinado às várias exposições temporárias realizadas a cada ano. Na sala da Sacristia estão reunidos exemplares de imagens do século XVIII do barroco mineiro, sendo a maioria da primeira metade daquele século. A sala da Cripta é o antigo porão da igreja, restaurado, após escavações, para abrigar obras de Aleijadinho, prataria e outras peças de valor. A sacristia da Igreja de São Francisco possui como atrativo o chafariz esculpido por Aleijadinho entre 1777 e 1779. Os quadros expostos são de Francisco Xavier Gonçalves e as Pinturas do teto de Manuel Pereira de Carvalho.

A Matriz de Nossa Senhora da Conceição começou a ser construída em 1727, sob a direção de Manuel Francisco Lisboa, mestre do Ofício de Carpinteiro e pai de Aleijadinho. É um dos mais importantes templos de Ouro Preto pela sua arquitetura e ornamentação. Possui oito altares laterais talhados em rica e minuciosa arte rococó, exprimindo direta influência portuguesa. Em frente ao primeiro altar está sepultado Antônio Francisco Lisboa. No trono do altar-mor encontra-se a imagem de Nossa Senhora, modelada em tamanho natural e talhada por Conceição de Murilo, em 1893. As colunas salomônicas desse altar foram executadas por Mestre Felipe Vieira, entre 1760 e 1765. Merecem destaque dois púlpitos esculpidos por Aleijadinho em pedra sabão, datados de 1771, onde o artista incrustou as figuras de quatro evangelistas e, ao centro, a figura de Jesus Cristo pregando no Mar de Tiberíades, sobre uma barca. Manuel da Costa Athayde foi o pintor responsável pela decoração da igreja. No teto, ele representou a Assunção de Nossa Senhora, o rei Davi aos pés da santa, cantando ao som de harpa e uma revoada de anjos. A IGREJA
A maior parte do acervo encontra-se em exposição permanente em três ambientes: sala da Sacristia, sala da Cripta e ainda na Igreja de São Francisco de Assis, também incorporada ao museu. Já a Consistório é o espaço destinado às várias exposições temporárias realizadas a cada ano. Na sala da Sacristia estão reunidos exemplares de imagens do século XVIII do barroco mineiro, sendo a maioria da primeira metade daquele século. A sala da Cripta é o antigo porão da igreja, restaurado, após escavações, para abrigar obras de Aleijadinho, prataria e outras peças de valor. A sacristia da Igreja de São Francisco possui como atrativo o chafariz esculpido por Aleijadinho entre 1777 e 1779. Os quadros expostos são de Francisco Xavier Gonçalves e as Pinturas do teto de Manuel Pereira de Carvalho.

A Matriz de Nossa Senhora da Conceição começou a ser construída em 1727, sob a direção de Manuel Francisco Lisboa, mestre do Ofício de Carpinteiro e pai de Aleijadinho. É um dos mais importantes templos de Ouro Preto pela sua arquitetura e ornamentação. Possui oito altares laterais talhados em rica e minuciosa arte rococó, exprimindo direta influência portuguesa. Em frente ao primeiro altar está sepultado Antônio Francisco Lisboa. No trono do altar-mor encontra-se a imagem de Nossa Senhora, modelada em tamanho natural e talhada por Conceição de Murilo, em 1893. As colunas salomônicas desse altar foram executadas por Mestre Felipe Vieira, entre 1760 e 1765. Merecem destaque dois púlpitos esculpidos por Aleijadinho em pedra sabão, datados de 1771, onde o artista incrustou as figuras de quatro evangelistas e, ao centro, a figura de Jesus Cristo pregando no Mar de Tiberíades, sobre uma barca. Manuel da Costa Athayde foi o pintor responsável pela decoração da igreja. No teto, ele representou a Assunção de Nossa Senhora, o rei Davi aos pés da santa, cantando ao som de harpa e uma revoada de anjos. A IGREJA
DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

A Igreja de São Francisco de Assis, localizada em Ouro Preto, Minas Gerais, é considerada uma das obras-primas do barroco brasileiro, além de ser uma das maiores realizações de Aleijadinho (1730-1814). A Igreja é uma das raras construções em que o projeto, a obra escultórica e a talha são de autoria de um mesmo artista, o que confere grande unidade e harmonia ao conjunto. Não há descompassos entre arquitetura e ornamentação. Mesmo a pintura e o douramento — do forro, retábulos e laterais —, sob a responsabilidade de Manuel da Costa Athayde (1762-1830), encontram-se em perfeita sintonia com o conjunto. A encomenda do risco para a igreja, feita ao então jovem escultor, arquiteto e entalhador, se efetiva em 1766, logo após a morte do pai do artista, importante arquiteto e mestre de obras local. Aleijadinho altera o plano primeiro da igreja, arredondando-lhe as torres e elaborando novo frontispício e ornamentos para as fachadas, que se enriquecem em graça e detalhes pela mestria com que maneja a arte do cinzel.


PORTA DA IGREJA SÃO FRANCISCO-Estatua do Profeta Abdias
(1771) (Detalhe). Germain Bazin considera a portada da Igreja de São Francisco, a obra-prima de Aleijadinho. A pintura existente no forro da nave da igreja, é a obra mais importante de Manuel da Costa Athayde e que dele exigiu maior virtuosismo, devido ao formato especial da abóbada do templo — de grande amplitude e dotada de chanfros laterais que geram maior altura. O artista realizou, paralelamente, outros trabalhos na igreja, sempre em parceria com Aleijadinho, este incumbido da execução das peças esculturais do templo.
Santuário de Congonhas do Campo
Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, (Vila Rica, 29 de agosto de 1730 — Vila Rica, 18 de novembro de 1814) foi um importante escultor, entalhador, desenhista e arquiteto no Brasil colonial.
Com um estilo relacionado ao Barroco e especialmente ao Rococó, é considerado o maior expoente da arte colonial em Minas Gerais (comumente chamada Barroco mineiro) e no Brasil colônia em geral. Toda sua obra foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas do Campo. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Para vários pesquisadores, Aleijadinho é o maior nome do Barroco latinoamericano.Índice: 1 Biografia 1.1 Formação 1.2 Doença e morte 2 Obra 2.1 O escultor
2.2 Fortuna crítica 3 Lista de obras 3.1 Barão dos Cocais 3.2 Caeté 3.3 Campanha 3.4 Catas Altas 3.5 Congonhas 3.6 Mariana 3.7 Ouro Preto 3.8 Nova Lima 3.9 Sabará 3.10 Santa Rita Durão
3.11 São João del-Rei 3.12 São Paulo 3.13 Tiradentes 4 Representações na cultura
Biografia
Muitas dúvidas cercam a vida de Antônio Francisco Lisboa. Praticamente todos os dados sobre sua vida são derivados de uma biografia escrita em 1858 pelo jurista Rodrigo José Ferreira Bretas, 44 anos após a morte do Aleijadinho, baseando-se em documentos e depoimentos de pessoas que conheceram o artista[3].
Recibo assinado pelo Aleijadinho quando recebeu o pagamento pela obra dos Profetas. Museu da Inconfidência
O mais importante dos documentos em que se baseou Bretas foi uma Memória escrita em 1790 por um vereador da cidade de Mariana. Neste documento, cujo original se perdeu, é feito um amplo relatório acerca do estado das artes nas Minas Gerais, incluindo alguns dados sobre o Aleijadinho relacionados a sua formação artística e sua participação em algumas obras[4].
A data de nascimento do Aleijadinho é motivo de controvérsia. De acordo com o biógrafo Bretas, Antônio Francisco nasceu no ano de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto) na frequesia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, sendo filho de um afamado mestre-de-obras/arquiteto português, Manuel Francisco Lisboa, e sua escrava africana, Isabel.[4][5] O filho, nascido escravo, foi alforriado no batismo. A certidão de batismo encontrada por Bretas dá a data de 29 de agosto de 1730 para o nascimento de Antônio. As dúvidas derivam do fato de que o nome do pai que figura na certidão é Manuel Francisco da Costa, e não Lisboa, o que poderia ser devido a um erro do escrivão. Outra fonte de dúvidas é a certidão de óbito do Aleijadinho, datada de 18 de novembro de 1814, na qual consta que o artista faleceu aos 76 anos de idade. A confiar neste documento, ele deveria haver nascido em 1738[6].
Antônio Francisco não casou, mas teve um filho aos 47 anos, a quem chamou Manuel Francisco Lisboa, mesmo nome do avô. Teve também vários meio-irmãos, frutos do casamento do seu pai[7]. Um destes meio-irmãos, padre Félix Antônio Lisboa, também foi escultor. Na descrição de Bretas, Antônio Francisco era "pardo escuro, tinha a voz forte, a fala arrebatada e o gênio agastado; a estatura era baixa, o corpo cheio e mal configurado, o rosto e a cabeça redondos, e esta volumosa; o cabelo preto e anelado, o da barba cerrado e basto; a testa larga, o nariz retangular e algum tanto pontiagudo, os beiços grossos, as orelhas grandes e o pescoço curto.".[5]
Formação
Segundo Bretas, Antônio Francisco sabia ler e escrever e poderia haver estudado latim. Sobre sua formação artística, a Memória do vereador de Mariana indica que Antônio Francisco teria recebido lições de seu pai e do desenhista e pintor português João Gomes Batista. Também Antônio Francisco Pombal, irmão do pai do Aleijadinho e portanto seu tio, era um afamado escultor e poderia ter participado da educação do jovem Antônio. Os críticos também apontam os escultores portugueses Francisco Xavier de Brito e José Coelho de Noronha como possíveis influências. Com Coelho de Noronha o Aleijadinho trabalhou efetivamente no início de sua carreira, cerca de 1758, nas obras de talha da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Caeté[3][8].
Alguns acreditam que Antônio Francisco poderia haver viajado ao Rio de Janeiro – então capital da colônia – na década de 1770, cuja fervilhante atividade artística também poderia ter influenciado o artista. Não há, porém, provas documentais de tal viagem. Outras fontes para o seu estilo podem ser a arte gótica e renascentista, pois ele teria tido contato com gravuras florentinas do século XV, identificadas como modelos para as vestes dos profetas de Congonhas[9]. Outros apontam uma possível inspiração para seus riscos arquitetônicos os desenhos de igrejas alemãs, e para suas esculturas modelos do Barroco europeu, especialmente o bávaro, divulgados através de gravuras. Note-se que em todo o Barroco mineiro, se desenvolvendo sob uma estrutura de ensino e produção de arte bastante precária e artesanal, essencialmente corporativa, a prática de aprendizado através do estudo de reproduções de grandes exemplares da arte européia foi um fenômeno de larga difusão entre os artistas, que nelas buscavam inspiração para seus próprios trabalhos[10]. Doença e morte

Anjo com o cálice da Paixão-Cristo no Horto das Oliveiras
A partir de 1777, o artista começou a sofrer os sintomas de uma misteriosa doença que lhe causou deformidades no corpo e que lhe valeram a alcunha de "Aleijadinho". Bretas diz que Antônio sofria dores horríveis e que eventualmente perdeu os dedos dos pés e teve de andar de joelhos. Também terminou por perder os dentes e os dedos das mãos, e suas deformidades teriam feito com que trabalhasse escondido por tendas para que as pessoas não o observassem. Seu escravo Maurício seria o responsável por atar a suas mãos os cinzéis com os quais esculpia[5]. Atualmente se debate que doença poderia ter causado esses problemas ao Aleijadinho, dividindo-se as opiniões entre sífilis, reumatismo, porfíria, hanseníase, lepra e poliomielite.[6] É muito provável que os sintomas devastadores descritos por Bretas sejam um tanto exagerados, uma vez que seria muito difícil que com tamanhas mutilações o Aleijadinho pudesse ter esculpido suas últimas obras em Congonhas do Campo.
Ainda segundo Bretas, o Aleijadinho morreu pobre e esquecido. Nos últimos anos de sua vida viveu na casa de sua nora Joana, que cuidou-o até a morte, ocorrida em 1814. A certidão de óbito encontrada no arquivo da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias diz o seguinte: "Aos dezoito de Novembro de mil oitocentos e quatorze, falleceo Antonio Francisco Lisboa, pardo solteiro de setenta e seis anos, com todos os Sacramentos encomendado Boa Morte e para clareza fiz passar este assento e que me assigno O Codjor José Como. De Moraes.".[6]
Como ocorre com outros artistas coloniais, a atribuição de obras ao Aleijadinho é dificultada pelo fato dos artistas da época não assinarem suas obras e pela escassez de fontes documentais. Em geral os documentos como contratos e recibos acordados entre as irmandades religiosas e os artistas são as fontes mais seguras para a atribuição de autorias. Também outros documentos, como a Memória do vereador de Mariana transcrito por Bretas e a tradição oral são elementos úteis. Por último, comparações estilísticas entre as obras conhecidas com obras de autoria desconhecida podem ser usadas para atribuir uma determinada obra a um artista. É sabido também que Aleijadinho exerceu influência em vários outros escultores, que assimilaram sua maneira em graus variados, fazendo algumas atribuições mais difíceis.
O Aleijadinho foi essencialmente um escultor, trabalhando tanto no entalhe de imagens, retábulos e outros elementos de madeira (talha) como na escultura em pedra-sabão, com a qual realizou elementos de portadas de igrejas e também lavabos e estátuas de vulto. Ele também atuou como arquiteto, ainda que a natureza e significado de suas obras nesse campo sejam motivo de controvérsia.
O escultor
Ver artigos principais: Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Doze profetas de Aleijadinho.
Sua maior realização são os conjuntos escultóricos do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo - as 66 estátuas da Via Sacra, distribuídas em seis capelas independentes, e os 12 Profetas no adro da igreja. Todas as cenas da Via Sacra, talhadas entre 1796 e 1799, são intensamente dramáticas, e o vivo colorido das estátuas aumenta esse efeito. Gilberto Freyre via nessas peças um grito pungente e sarcástico, ainda que velado, de protesto contra a opressão da colônia pelo governo português e do negro pelo branco. Ao mesmo tempo, identificava raízes tipicamente folclóricas para a constituição do seu extravagante estilo formal, como a iconografia satírica da cultura popular, se admirando da hábil maneira com que Aleijadinho introduziu elementos da voz do povo para dentro do universo da alta cultura do Barroco internacional, corrente onde sua obra se insere[11].
A outra parte do conjunto de Matosinhos é as 12 esculturas dos profetas, realizadas entre 1800 e 1805, cujo estilo em particular é fonte de controvérsia desde a manifesta incompreensão de Bernardo Guimarães no século XIX, que desconcertado diante dos aparentes erros de talha e desenho, ainda assim reconhecia nas estátuas momentos de notável beleza e solenidade, verdadeiramente dignas dos profetas[12]. As proporções das figuras são extremamente distorcidas, chegando em alguns casos ao grotesco. Uma parte da crítica atribui isso à incompetência de seu grupo de auxiliares ou às dificuldades de manejo do cinzel geradas por sua doença, mas outros se inclinam para ver nelas uma intencionalidade expressiva, e outros ainda entendem as distorções como recurso eminentemente técnico destinado a compensar a deformação advinda do ponto de vista baixo a partir do qual as estátuas são vistas, demonstrando o criador estar ciente dos problemas e exigências da representação figural em escorço. De fato a dramaticidade do conjunto é intensificada por essas formas aberrantes, que se apresentam em uma gesticulação variada e teatral, imbuída de significados simbólicos referentes ao caráter do profeta em questão e ao conteúdo de sua mensagem[9][13]. Segundo Soraia Silva,
"O que o Aleijadinho efetivamente deixou representado nesta obra foi uma dinâmica postural de oposições e correspondências. Cada estátua representa um personagem específico, com sua própria fala gestual. Mas apesar dessa independência no espaço representativo e até mesmo no espaço físico, elas mantêm um diálogo corporal, formando uma unidade integrada na dança profética da anunciação da vida, morte e renascimento".[9]
Profeta Abdias
Outras teses identificam propósitos ocultos na composição do conjunto. A pesquisadora Isolde Venturelli atribui ao Aleijadinho inclinações políticas libertárias, e vê em cada profeta o símbolo de um inconfidente, opinião que é compartilhada com Martin Dreher, e que encontra outro apoio no fato de que sua ligação com Cláudio Manuel da Costa está documentada[14]. Marilei Vasconcelos distingue nos profetas uma série de símbolos maçônicos. De qualquer forma, a concepção do conjunto é típica do Barroco religioso internacional: dramático, coreográfico e eloquente.[9] Giuseppe Ungaretti, espantado com a intensidade mística das figuras, disse que "os profetas do Aleijadinho não são barrocos, são bíblicos".[12] Para Gabriel Frade o conjunto integrado pela igreja, o amplo adro e os profetas se tornou um dos mais notórios da arquitetura sagrada no Brasil, sendo um primoroso exemplo de como elementos interdependentes de complementam coroando de harmonia a totalidade da obra[15]. Hoje todo o conjunto do Santuário é um Patrimônio da Humanidade, conforme declaração da UNESCO, além de ser tombado pelo IPHAN.
Fortuna crítica
Depois de um período de relativo obscurecimento após sua morte, ainda que tenha sido comentado por vários viajantes e eruditos da primeira metade do século XIX como Auguste de Saint Hilaire e Richard Burton, às vezes de forma pouco lisonjeira, o nome de Aleijadinho voltou à cena com a biografia pioneira de Bretas em 1858, já citada. Dom Pedro II era um apreciador da sua obra. Mas foi mais tarde que o seu nome voltou com força à discussão estética e histórica, com as pesquisas de Affonso Celso e Mário de Andrade no início do século XX, aliadas ao novo prestígio que o Barroco mineiro desfrutava entre o governo, prestígio que levou à criação da Inspetoria de Monumentos Nacionais, o antecessor do IPHAN, em 1933. Para os modernistas do grupo de Mário, que estavam engajados num processo de criação de um novo conceito de identidade nacional, conhecer a obra de Aleijadinho foi como uma revelação inspiradora, onde foram acompanhados por alguns ilustres teóricos francófonos, num período em que o estilo Barroco estava muito desacreditado entre a intelectualidade da Europa. Admirado, Blaise Cendrars pretendeu escrever um livro sobre ele, mas isso acabou não se concretizando. Entretanto, os estudos foram ampliados nos anos seguintes por Roger Bastide, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Judith Martins, José Mariano Filho, Gilberto Freyre e Germain Bazin, e desde então têm se expandido ainda mais para abordar uma grande variedade de tópicos sobre a vida e obra do artista, geralmente afirmando a importância superlativa de sua contribuição[16][17][18].[2] Lúcio Costa mantinha uma posição dividida; negava-lhe talento de arquiteto, e repelia sua obra nesse campo como inferior, de nível decorativo apenas, e ironizava sua pessoa também, chamando-o de "recalcado trágico"[19], ainda que em outro momento o elogiasse como "a mais alta expressão individualizada da arte portuguesa de seu tempo"[20].
Seu reconhecimento extrapola as fronteiras do Brasil. Para a critica moderna em geral, Aleijadinho representa um momento singular na evolução da arte brasileira, sendo um ponto de confluência das várias raízes sociais, étnicas, artísticas e culturais que fundaram a nação, e mais do que isso, representa uma expressão plástica de elevadíssima qualidade dessa síntese, sendo o primeiro grande artista genuinamente nacional.[16][18] Dentre muitas opiniões de teor semelhante, para Carlos Fuentes ele foi o maior "poeta" da América colonial,[1] Regis St. Louis e seus colaboradores lhe dão um lugar de destaque na história da arte internacional[21], John A. Crow o considera um dos criadores mais dotados deste hemisfério em todos os tempos[22], e João Hansen afirma que as suas obras já começam a ser identificadas com o Brasil ao lado do samba e do futebol em outros países, tendo-se tornado um dos ícones nacionais para os estrangeiros. Já Guiomar de Grammont adverte para o perigo da perenização de visões mitificantes, romantizadas e fantasiosas sobre o escultor, que tendem a obscurecer a clara compreensão de sua estatura artística e da extensão de sua originalidade, e sua correta contextualização, a partir do copioso folclore que desde a era de Vargas tanto a oficialidade como o povo vêm criando em torno de sua figura mal conhecida e misteriosa, elevando-o ao patamar de herói nacional. Hansen inclusive aponta como evidência lamentável dessa situação a ocorrência de manipulação política da imagem de Aleijadinho no exterior, citando a censura governamental à publicação de estudos mais críticos no catálogo de uma grande exposição que incluía o artista montada na França, patrocinada pelo governo federal[23].[16]
Lista de obras Barão dos Cocais

Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, (Vila Rica, 29 de agosto de 1730 — Vila Rica, 18 de novembro de 1814) foi um importante escultor, entalhador, desenhista e arquiteto no Brasil colonial.
Com um estilo relacionado ao Barroco e especialmente ao Rococó, é considerado o maior expoente da arte colonial em Minas Gerais (comumente chamada Barroco mineiro) e no Brasil colônia em geral. Toda sua obra foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas do Campo. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Para vários pesquisadores, Aleijadinho é o maior nome do Barroco latinoamericano.Índice: 1 Biografia 1.1 Formação 1.2 Doença e morte 2 Obra 2.1 O escultor
2.2 Fortuna crítica 3 Lista de obras 3.1 Barão dos Cocais 3.2 Caeté 3.3 Campanha 3.4 Catas Altas 3.5 Congonhas 3.6 Mariana 3.7 Ouro Preto 3.8 Nova Lima 3.9 Sabará 3.10 Santa Rita Durão
3.11 São João del-Rei 3.12 São Paulo 3.13 Tiradentes 4 Representações na cultura
Biografia
Muitas dúvidas cercam a vida de Antônio Francisco Lisboa. Praticamente todos os dados sobre sua vida são derivados de uma biografia escrita em 1858 pelo jurista Rodrigo José Ferreira Bretas, 44 anos após a morte do Aleijadinho, baseando-se em documentos e depoimentos de pessoas que conheceram o artista[3].
Recibo assinado pelo Aleijadinho quando recebeu o pagamento pela obra dos Profetas. Museu da Inconfidência
O mais importante dos documentos em que se baseou Bretas foi uma Memória escrita em 1790 por um vereador da cidade de Mariana. Neste documento, cujo original se perdeu, é feito um amplo relatório acerca do estado das artes nas Minas Gerais, incluindo alguns dados sobre o Aleijadinho relacionados a sua formação artística e sua participação em algumas obras[4].
A data de nascimento do Aleijadinho é motivo de controvérsia. De acordo com o biógrafo Bretas, Antônio Francisco nasceu no ano de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto) na frequesia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, sendo filho de um afamado mestre-de-obras/arquiteto português, Manuel Francisco Lisboa, e sua escrava africana, Isabel.[4][5] O filho, nascido escravo, foi alforriado no batismo. A certidão de batismo encontrada por Bretas dá a data de 29 de agosto de 1730 para o nascimento de Antônio. As dúvidas derivam do fato de que o nome do pai que figura na certidão é Manuel Francisco da Costa, e não Lisboa, o que poderia ser devido a um erro do escrivão. Outra fonte de dúvidas é a certidão de óbito do Aleijadinho, datada de 18 de novembro de 1814, na qual consta que o artista faleceu aos 76 anos de idade. A confiar neste documento, ele deveria haver nascido em 1738[6].
Antônio Francisco não casou, mas teve um filho aos 47 anos, a quem chamou Manuel Francisco Lisboa, mesmo nome do avô. Teve também vários meio-irmãos, frutos do casamento do seu pai[7]. Um destes meio-irmãos, padre Félix Antônio Lisboa, também foi escultor. Na descrição de Bretas, Antônio Francisco era "pardo escuro, tinha a voz forte, a fala arrebatada e o gênio agastado; a estatura era baixa, o corpo cheio e mal configurado, o rosto e a cabeça redondos, e esta volumosa; o cabelo preto e anelado, o da barba cerrado e basto; a testa larga, o nariz retangular e algum tanto pontiagudo, os beiços grossos, as orelhas grandes e o pescoço curto.".[5]
Formação
Segundo Bretas, Antônio Francisco sabia ler e escrever e poderia haver estudado latim. Sobre sua formação artística, a Memória do vereador de Mariana indica que Antônio Francisco teria recebido lições de seu pai e do desenhista e pintor português João Gomes Batista. Também Antônio Francisco Pombal, irmão do pai do Aleijadinho e portanto seu tio, era um afamado escultor e poderia ter participado da educação do jovem Antônio. Os críticos também apontam os escultores portugueses Francisco Xavier de Brito e José Coelho de Noronha como possíveis influências. Com Coelho de Noronha o Aleijadinho trabalhou efetivamente no início de sua carreira, cerca de 1758, nas obras de talha da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Caeté[3][8].
Alguns acreditam que Antônio Francisco poderia haver viajado ao Rio de Janeiro – então capital da colônia – na década de 1770, cuja fervilhante atividade artística também poderia ter influenciado o artista. Não há, porém, provas documentais de tal viagem. Outras fontes para o seu estilo podem ser a arte gótica e renascentista, pois ele teria tido contato com gravuras florentinas do século XV, identificadas como modelos para as vestes dos profetas de Congonhas[9]. Outros apontam uma possível inspiração para seus riscos arquitetônicos os desenhos de igrejas alemãs, e para suas esculturas modelos do Barroco europeu, especialmente o bávaro, divulgados através de gravuras. Note-se que em todo o Barroco mineiro, se desenvolvendo sob uma estrutura de ensino e produção de arte bastante precária e artesanal, essencialmente corporativa, a prática de aprendizado através do estudo de reproduções de grandes exemplares da arte européia foi um fenômeno de larga difusão entre os artistas, que nelas buscavam inspiração para seus próprios trabalhos[10]. Doença e morte


Anjo com o cálice da Paixão-Cristo no Horto das Oliveiras
A partir de 1777, o artista começou a sofrer os sintomas de uma misteriosa doença que lhe causou deformidades no corpo e que lhe valeram a alcunha de "Aleijadinho". Bretas diz que Antônio sofria dores horríveis e que eventualmente perdeu os dedos dos pés e teve de andar de joelhos. Também terminou por perder os dentes e os dedos das mãos, e suas deformidades teriam feito com que trabalhasse escondido por tendas para que as pessoas não o observassem. Seu escravo Maurício seria o responsável por atar a suas mãos os cinzéis com os quais esculpia[5]. Atualmente se debate que doença poderia ter causado esses problemas ao Aleijadinho, dividindo-se as opiniões entre sífilis, reumatismo, porfíria, hanseníase, lepra e poliomielite.[6] É muito provável que os sintomas devastadores descritos por Bretas sejam um tanto exagerados, uma vez que seria muito difícil que com tamanhas mutilações o Aleijadinho pudesse ter esculpido suas últimas obras em Congonhas do Campo.
Ainda segundo Bretas, o Aleijadinho morreu pobre e esquecido. Nos últimos anos de sua vida viveu na casa de sua nora Joana, que cuidou-o até a morte, ocorrida em 1814. A certidão de óbito encontrada no arquivo da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias diz o seguinte: "Aos dezoito de Novembro de mil oitocentos e quatorze, falleceo Antonio Francisco Lisboa, pardo solteiro de setenta e seis anos, com todos os Sacramentos encomendado Boa Morte e para clareza fiz passar este assento e que me assigno O Codjor José Como. De Moraes.".[6]
Como ocorre com outros artistas coloniais, a atribuição de obras ao Aleijadinho é dificultada pelo fato dos artistas da época não assinarem suas obras e pela escassez de fontes documentais. Em geral os documentos como contratos e recibos acordados entre as irmandades religiosas e os artistas são as fontes mais seguras para a atribuição de autorias. Também outros documentos, como a Memória do vereador de Mariana transcrito por Bretas e a tradição oral são elementos úteis. Por último, comparações estilísticas entre as obras conhecidas com obras de autoria desconhecida podem ser usadas para atribuir uma determinada obra a um artista. É sabido também que Aleijadinho exerceu influência em vários outros escultores, que assimilaram sua maneira em graus variados, fazendo algumas atribuições mais difíceis.
O Aleijadinho foi essencialmente um escultor, trabalhando tanto no entalhe de imagens, retábulos e outros elementos de madeira (talha) como na escultura em pedra-sabão, com a qual realizou elementos de portadas de igrejas e também lavabos e estátuas de vulto. Ele também atuou como arquiteto, ainda que a natureza e significado de suas obras nesse campo sejam motivo de controvérsia.
O escultor
Ver artigos principais: Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Doze profetas de Aleijadinho.
Sua maior realização são os conjuntos escultóricos do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo - as 66 estátuas da Via Sacra, distribuídas em seis capelas independentes, e os 12 Profetas no adro da igreja. Todas as cenas da Via Sacra, talhadas entre 1796 e 1799, são intensamente dramáticas, e o vivo colorido das estátuas aumenta esse efeito. Gilberto Freyre via nessas peças um grito pungente e sarcástico, ainda que velado, de protesto contra a opressão da colônia pelo governo português e do negro pelo branco. Ao mesmo tempo, identificava raízes tipicamente folclóricas para a constituição do seu extravagante estilo formal, como a iconografia satírica da cultura popular, se admirando da hábil maneira com que Aleijadinho introduziu elementos da voz do povo para dentro do universo da alta cultura do Barroco internacional, corrente onde sua obra se insere[11].
A outra parte do conjunto de Matosinhos é as 12 esculturas dos profetas, realizadas entre 1800 e 1805, cujo estilo em particular é fonte de controvérsia desde a manifesta incompreensão de Bernardo Guimarães no século XIX, que desconcertado diante dos aparentes erros de talha e desenho, ainda assim reconhecia nas estátuas momentos de notável beleza e solenidade, verdadeiramente dignas dos profetas[12]. As proporções das figuras são extremamente distorcidas, chegando em alguns casos ao grotesco. Uma parte da crítica atribui isso à incompetência de seu grupo de auxiliares ou às dificuldades de manejo do cinzel geradas por sua doença, mas outros se inclinam para ver nelas uma intencionalidade expressiva, e outros ainda entendem as distorções como recurso eminentemente técnico destinado a compensar a deformação advinda do ponto de vista baixo a partir do qual as estátuas são vistas, demonstrando o criador estar ciente dos problemas e exigências da representação figural em escorço. De fato a dramaticidade do conjunto é intensificada por essas formas aberrantes, que se apresentam em uma gesticulação variada e teatral, imbuída de significados simbólicos referentes ao caráter do profeta em questão e ao conteúdo de sua mensagem[9][13]. Segundo Soraia Silva,
"O que o Aleijadinho efetivamente deixou representado nesta obra foi uma dinâmica postural de oposições e correspondências. Cada estátua representa um personagem específico, com sua própria fala gestual. Mas apesar dessa independência no espaço representativo e até mesmo no espaço físico, elas mantêm um diálogo corporal, formando uma unidade integrada na dança profética da anunciação da vida, morte e renascimento".[9]
Profeta Abdias
Outras teses identificam propósitos ocultos na composição do conjunto. A pesquisadora Isolde Venturelli atribui ao Aleijadinho inclinações políticas libertárias, e vê em cada profeta o símbolo de um inconfidente, opinião que é compartilhada com Martin Dreher, e que encontra outro apoio no fato de que sua ligação com Cláudio Manuel da Costa está documentada[14]. Marilei Vasconcelos distingue nos profetas uma série de símbolos maçônicos. De qualquer forma, a concepção do conjunto é típica do Barroco religioso internacional: dramático, coreográfico e eloquente.[9] Giuseppe Ungaretti, espantado com a intensidade mística das figuras, disse que "os profetas do Aleijadinho não são barrocos, são bíblicos".[12] Para Gabriel Frade o conjunto integrado pela igreja, o amplo adro e os profetas se tornou um dos mais notórios da arquitetura sagrada no Brasil, sendo um primoroso exemplo de como elementos interdependentes de complementam coroando de harmonia a totalidade da obra[15]. Hoje todo o conjunto do Santuário é um Patrimônio da Humanidade, conforme declaração da UNESCO, além de ser tombado pelo IPHAN.
Fortuna crítica
Depois de um período de relativo obscurecimento após sua morte, ainda que tenha sido comentado por vários viajantes e eruditos da primeira metade do século XIX como Auguste de Saint Hilaire e Richard Burton, às vezes de forma pouco lisonjeira, o nome de Aleijadinho voltou à cena com a biografia pioneira de Bretas em 1858, já citada. Dom Pedro II era um apreciador da sua obra. Mas foi mais tarde que o seu nome voltou com força à discussão estética e histórica, com as pesquisas de Affonso Celso e Mário de Andrade no início do século XX, aliadas ao novo prestígio que o Barroco mineiro desfrutava entre o governo, prestígio que levou à criação da Inspetoria de Monumentos Nacionais, o antecessor do IPHAN, em 1933. Para os modernistas do grupo de Mário, que estavam engajados num processo de criação de um novo conceito de identidade nacional, conhecer a obra de Aleijadinho foi como uma revelação inspiradora, onde foram acompanhados por alguns ilustres teóricos francófonos, num período em que o estilo Barroco estava muito desacreditado entre a intelectualidade da Europa. Admirado, Blaise Cendrars pretendeu escrever um livro sobre ele, mas isso acabou não se concretizando. Entretanto, os estudos foram ampliados nos anos seguintes por Roger Bastide, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Judith Martins, José Mariano Filho, Gilberto Freyre e Germain Bazin, e desde então têm se expandido ainda mais para abordar uma grande variedade de tópicos sobre a vida e obra do artista, geralmente afirmando a importância superlativa de sua contribuição[16][17][18].[2] Lúcio Costa mantinha uma posição dividida; negava-lhe talento de arquiteto, e repelia sua obra nesse campo como inferior, de nível decorativo apenas, e ironizava sua pessoa também, chamando-o de "recalcado trágico"[19], ainda que em outro momento o elogiasse como "a mais alta expressão individualizada da arte portuguesa de seu tempo"[20].
Seu reconhecimento extrapola as fronteiras do Brasil. Para a critica moderna em geral, Aleijadinho representa um momento singular na evolução da arte brasileira, sendo um ponto de confluência das várias raízes sociais, étnicas, artísticas e culturais que fundaram a nação, e mais do que isso, representa uma expressão plástica de elevadíssima qualidade dessa síntese, sendo o primeiro grande artista genuinamente nacional.[16][18] Dentre muitas opiniões de teor semelhante, para Carlos Fuentes ele foi o maior "poeta" da América colonial,[1] Regis St. Louis e seus colaboradores lhe dão um lugar de destaque na história da arte internacional[21], John A. Crow o considera um dos criadores mais dotados deste hemisfério em todos os tempos[22], e João Hansen afirma que as suas obras já começam a ser identificadas com o Brasil ao lado do samba e do futebol em outros países, tendo-se tornado um dos ícones nacionais para os estrangeiros. Já Guiomar de Grammont adverte para o perigo da perenização de visões mitificantes, romantizadas e fantasiosas sobre o escultor, que tendem a obscurecer a clara compreensão de sua estatura artística e da extensão de sua originalidade, e sua correta contextualização, a partir do copioso folclore que desde a era de Vargas tanto a oficialidade como o povo vêm criando em torno de sua figura mal conhecida e misteriosa, elevando-o ao patamar de herói nacional. Hansen inclusive aponta como evidência lamentável dessa situação a ocorrência de manipulação política da imagem de Aleijadinho no exterior, citando a censura governamental à publicação de estudos mais críticos no catálogo de uma grande exposição que incluía o artista montada na França, patrocinada pelo governo federal[23].[16]
Lista de obras Barão dos Cocais

O conjunto do adro da Igreja de Congonhas
Portada da Matriz de São João do Morro Grande; imagem de S. João Batista.[9]
Caeté
Imagem de N.S. do Carmo na Matriz de N.S. do Bom Sucesso.[9]
Campanha
Imagem do Bom Jesus.[9]
Catas Altas
Crucifixo na Matriz da Conceição.[9]
Congonhas
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos: 66 imagens em cedro dos Passos da Paixão nas capelas, pintadas por Mestre Valentim; 12 estátuas de Profetas em pedra-sabão no adro da igreja; caixa do órgão (desaparecida); relicários. Imagem de São Joaquim na sacristia.
Portada da Matriz.[9]
Mariana
Fonte da Samaritana no Seminário Maior.[9]
Ouro Preto
Hospício da Terra Santa – Projeto e execução do chafariz em esteatita, situado nos fundos do monastério;
Palácio dos Governadores – Risco em sagüínea do chafariz interno (1752); feito de uma mesa de jacarandá preto; dois bancos de encosto e dois bancos torneados (1761), peças não identificadas;
Chafariz do Pissarrão – Projeto do chafariz situado no Alto da Cruz, antiga rua Larga, proximidade da Igreja de Santa Ifigênia (1761); busto de Afrodite no remate do frontão;
Igreja de Nossa Senhora do Carmo – Modificação do projeto original (1770); altares colaterais de Nossa Senhora da Piedade (1807) e de São João Batista (1809); acréscimo dos camarins e guarda-pós dos altares de Santa Madalena e Santa Luzia, chafariz na sacristia;
Casa do Açougue Público – Projeto e especificação do açougue (1771), obra demolida em 1797;
Igreja de São Francisco de Assis – Esculturas dos tambores ogivais dos púlpitos, em esteatita, representando episódios bíblicos (1772); barrete da capela-mor (1773–74); projeto atual da portada (1774–75); risco da tribuna do altar-mor (1778–79); feitio das pedras Dara (1789); retábulo da capela-mor (1790–94) (elaborado com a colaboração dos entalhadores Henrique Gomes de Brito, Luís Ferreira da Silva e Faustino da Silva Correia); projeto de dois altares colaterais consagrados a São Lúcio e Santa Bona (executados com alterações por Vicente Alves da Costa, em 1829);
Igreja de São José – Projeto do retábulo da capela-mor (1773, posteriormente alterado); modificações produzidas no risco da fachada (1772);
Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões – Risco da primitiva capela-mor; lintel da portada; revisão do projeto e verificação final da obra (1775–78), que foi depois demolida em 1805.
Igreja de São Francisco de Paula - imagem do santo, hoje no MASP
Igreja do Rosário - cabeça da imagem de Santa Helena
Igreja de São Miguel e Almas - portada, imagem do arcanjo, risco do retábulo da capela-mor.[9]
Projeto de frontispício para a Igreja de São Francisco em São João d'el-Rey (atribuição). Museu da Inconfidência, Ouro Preto
Profetas, Congonhas
Nova Lima
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Nova Lima — Altar-mor, altares laterais, púlpitos, coro e batistério, procedentes da Fazenda Jaguara,[9] doação de George Chalmers, antigo superintendente da Mina de Morro Velho, quando adquiriu a fazenda.
Igreja N.S. do Carmo: lhe são atribuídos o risco do frontispício e portada, e uma imagem do Senhor do Monte Alverne.[9]
Sabará
Nossa Senhora das Dores, no Museu de Arte Sacra de São Paulo
Igreja de Nossa Senhora do Carmo: o cancelo, coro sustentado por Atlantes, púlpitos, esculturas em pedra sabão sobre a porta principal e frontão; estátuas dos santos Simão Stock e João da Cruz no altares laterais
Matriz de Nossa Senhora da Conceição: grade de madeira do batistério
Museu do Ouro: imagem de Santana Mestra.[9]
Santa Rita Durão
Altar de Santa Ifigênia na Igreja do Rosário.[9]
São João del-Rei
Igreja de São Francisco de Assis: risco dos altares colaterais; risco da portada; imagem de São João Evangelista
Igreja Nossa Senhora do Carmo: risco e execução da maior parte das esculturas da portada.[9]
São Paulo
Imagem de Nossa Senhora das Dores no Museu de Arte Sacra de São Paulo
Tiradentes
Matriz de Santo Antônio: risco do frontispício e das grades do corpo da igreja.[9]
Representações na cultura
O Aleijadinho já foi retratado como personagem no cinema e na televisão. Em 1915 Guelfo Andaló dirigiu a primeira cinebiografia sobre o artista[24], e mais recentemente ele foi interpretado por Geraldo Del Rey no filme "Cristo de Lama" (1966), Maurício Gonçalves no filme "Aleijadinho - Paixão, Glória e Suplício" (2003) e Stênio Garcia num caso especial da TV Globo.
Portada da Matriz de São João do Morro Grande; imagem de S. João Batista.[9]
Caeté
Imagem de N.S. do Carmo na Matriz de N.S. do Bom Sucesso.[9]
Campanha
Imagem do Bom Jesus.[9]
Catas Altas
Crucifixo na Matriz da Conceição.[9]
Congonhas
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos: 66 imagens em cedro dos Passos da Paixão nas capelas, pintadas por Mestre Valentim; 12 estátuas de Profetas em pedra-sabão no adro da igreja; caixa do órgão (desaparecida); relicários. Imagem de São Joaquim na sacristia.
Portada da Matriz.[9]
Mariana
Fonte da Samaritana no Seminário Maior.[9]
Ouro Preto
Hospício da Terra Santa – Projeto e execução do chafariz em esteatita, situado nos fundos do monastério;
Palácio dos Governadores – Risco em sagüínea do chafariz interno (1752); feito de uma mesa de jacarandá preto; dois bancos de encosto e dois bancos torneados (1761), peças não identificadas;
Chafariz do Pissarrão – Projeto do chafariz situado no Alto da Cruz, antiga rua Larga, proximidade da Igreja de Santa Ifigênia (1761); busto de Afrodite no remate do frontão;
Igreja de Nossa Senhora do Carmo – Modificação do projeto original (1770); altares colaterais de Nossa Senhora da Piedade (1807) e de São João Batista (1809); acréscimo dos camarins e guarda-pós dos altares de Santa Madalena e Santa Luzia, chafariz na sacristia;
Casa do Açougue Público – Projeto e especificação do açougue (1771), obra demolida em 1797;
Igreja de São Francisco de Assis – Esculturas dos tambores ogivais dos púlpitos, em esteatita, representando episódios bíblicos (1772); barrete da capela-mor (1773–74); projeto atual da portada (1774–75); risco da tribuna do altar-mor (1778–79); feitio das pedras Dara (1789); retábulo da capela-mor (1790–94) (elaborado com a colaboração dos entalhadores Henrique Gomes de Brito, Luís Ferreira da Silva e Faustino da Silva Correia); projeto de dois altares colaterais consagrados a São Lúcio e Santa Bona (executados com alterações por Vicente Alves da Costa, em 1829);
Igreja de São José – Projeto do retábulo da capela-mor (1773, posteriormente alterado); modificações produzidas no risco da fachada (1772);
Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões – Risco da primitiva capela-mor; lintel da portada; revisão do projeto e verificação final da obra (1775–78), que foi depois demolida em 1805.
Igreja de São Francisco de Paula - imagem do santo, hoje no MASP
Igreja do Rosário - cabeça da imagem de Santa Helena
Igreja de São Miguel e Almas - portada, imagem do arcanjo, risco do retábulo da capela-mor.[9]
Projeto de frontispício para a Igreja de São Francisco em São João d'el-Rey (atribuição). Museu da Inconfidência, Ouro Preto
Profetas, Congonhas
Nova Lima
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Nova Lima — Altar-mor, altares laterais, púlpitos, coro e batistério, procedentes da Fazenda Jaguara,[9] doação de George Chalmers, antigo superintendente da Mina de Morro Velho, quando adquiriu a fazenda.
Igreja N.S. do Carmo: lhe são atribuídos o risco do frontispício e portada, e uma imagem do Senhor do Monte Alverne.[9]
Sabará
Nossa Senhora das Dores, no Museu de Arte Sacra de São Paulo
Igreja de Nossa Senhora do Carmo: o cancelo, coro sustentado por Atlantes, púlpitos, esculturas em pedra sabão sobre a porta principal e frontão; estátuas dos santos Simão Stock e João da Cruz no altares laterais
Matriz de Nossa Senhora da Conceição: grade de madeira do batistério
Museu do Ouro: imagem de Santana Mestra.[9]
Santa Rita Durão
Altar de Santa Ifigênia na Igreja do Rosário.[9]
São João del-Rei
Igreja de São Francisco de Assis: risco dos altares colaterais; risco da portada; imagem de São João Evangelista
Igreja Nossa Senhora do Carmo: risco e execução da maior parte das esculturas da portada.[9]
São Paulo
Imagem de Nossa Senhora das Dores no Museu de Arte Sacra de São Paulo
Tiradentes
Matriz de Santo Antônio: risco do frontispício e das grades do corpo da igreja.[9]
Representações na cultura
O Aleijadinho já foi retratado como personagem no cinema e na televisão. Em 1915 Guelfo Andaló dirigiu a primeira cinebiografia sobre o artista[24], e mais recentemente ele foi interpretado por Geraldo Del Rey no filme "Cristo de Lama" (1966), Maurício Gonçalves no filme "Aleijadinho - Paixão, Glória e Suplício" (2003) e Stênio Garcia num caso especial da TV Globo.
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