domingo, 31 de janeiro de 2010

"VIRTUAL" REVISTA COTOVIA 030º-335

PAZ & BEM !
30 de Janeiro sabado de 2010
Dia Nacional dos Quadrinhos
Dia da Saudade

A saudade é a memória de algo ou alguém ausente - lembrança nostálgica e suave -, que vem junto com a vontade de ver novamente a pessoa ou o lugar que nos falta. É comum se manifestar entre parentes, amigos, casais enamorados, casados ou não.

Quando viajamos, e depois retornamos, a sensação de nostalgia em relação aos novos lugares que conhecemos - principalmente aqueles de que mais gostamos - se faz muito presente, como no início de um amor.

Ou, ao contrário, acontece de viajarmos e sentirmos saudade de nossa terra, nossa casa, travesseiro e cobertor ou simplesmente do pôr-de-sol visto de nossa própria janela.

É... te extraño em espanhol, I miss you em inglês, j'ai regret em francês, ich vermisse dish em alemão...

Uma apologia da saudade

O educador Gilberto Freyre, em excelente artigo sobre saudade, faz, digamos assim, uma espécie de elogio a esse sentimento tão cantado em prosa e verso pela literatura universal. Ele mesmo cita Camões para explicar o porquê de ser um simpatizante da saudade.

De acordo com ele, a saudade do passado, aliada à fé no futuro, podem se completar de maneira brilhante, para erguer ou reerguer os valores de um povo ou nação.

E afirma: "A saudade do Brasil fez com que José Bonifácio renunciasse às vantagens que lhe eram oferecidas pela Europa e viesse ser, em sua terra (...) o campeão da independência nacional e o primeiro organizador do futuro do Brasil. (...) A saudade do Brasil fez com que Gonçalves Dias escrevesse no exílio os, há mais de um século, popularíssimos versos "Minha terra tem palmeiras".

Os homens criativos, portanto, têm encontrado na saudade do passado - individual ou coletivo -, os estímulos necessários para as inovações de que precisam para o futuro.

Luís de Camões, poeta português, escreveu o livro "Os Lusíadas", fortemente marcado por um sentimento de saudade dos tempos gloriosos de Portugal (das conquistas marítimas portuguesas).

Quem tem medo da saudade?

Dizem que todo encontro traz em si a possibilidade da separação. E que daí viria certo sentimento de tristeza ou melancolia experimentada pelos enamorados, quando estão juntos.

Quem já não se deparou ou se viu nessa cena? O casalzinho sentado de mãos dadas, cabisbaixos, tristes de amor: tristes de uma possível saudade. Seria, assim, uma forma de saudade antecipada. Que, talvez, jamais venha, mas está ali, entre os dois, como algo que pode ser, pode acontecer, pode vir.

A saudade, enfim, faz parte do nosso dia-a-dia, sem nem nos darmos conta. Terminais rodoviários, aeroportos, estações de trem e mesmo e-mails enviados pela rede internet no mundo inteiro são ambientes onde a saudade, em alguns casos, também se manifesta.

E a pergunta se repete: quem tem medo da saudade? A saudade é sempre saudade de coisas boas que vivemos ou vimos, ninguém sente saudade de tragédia, não é, mesmo?

E como no encontro, a possibilidade da separação é presente, da mesma forma, na saudade, a possibilidade do encontro nos rodeia.

Nada de temores, então. Se tiver que sentir alguma coisa sobre o que se viu e viveu, que seja saudade.

Fonte: Planeta Educação

Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!




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